terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Ai de mim

Tô escrevendo esse post sem disposição alguma e morrendo de sono. E vocês sabem... com sono, falamos e fazemos qualquer coisa... então se eu não gostar do que eu escrevi, apago amanhã... ou quando acordar - se acordar. Que clima mais apocalíptico!

Hoje seria um dia normal...

seria normal se uma gata não tivesse resolvido transar com um gato e fecundado um gatinho. Um porra loca de um gatinho... isso que ele é!


Sol. Aquele sol do meio-dia. Trânsito. Aquele trânsito de meio-dia. Avenida movimentada. Na correria toda, um carro bate atrás de outro, que estava parado, com uma moça e um moço a bordo, que lia um jornal e não tinha colocado o cinto de segurança por causa do calor. E este carro, que estava parado, bate na caminhonete da frente, que por algum motivo andava devagar. Quebram-se faróis, amassam capôs, pára-choques no chão... e o stress começa a rolar. Embaixo do carro da frente nota-se um gatinho se mexendo, com sangue escorrendo pelo asfalto... motivo pelo qual a caminhonete andava devagar, porque ooooutro carro ainda tinha atropelado o filhote. O calor era tanto que o sangue do animal naquele asfalto reluzia na lataria do veículo. O circo tava armado. Sorte que o cara da frente não...



Pois é... pode até ser uma cena comum para qualquer um que a lê. Quê jornal hoje em dia que não tem um acidente? Nenhum, com exceção àquele da igreja Universal – of course. Mas as coisas se tornam diferente quando você está no palco. Vamos ao elenco dessa cena: A avenida movimentada: Avenida do Estado; o carro com a moça dentro; o fiesta da minha irmã; a moça dentro: Renata, minha irmã; o idiota sem cinto: eu.

Há males que vem para bem. Esse veio pra mal mesmo. Foi logo após o almoço, estava voltando ao trabalho com minha irmã, que dirigia... quando de repente ouve-se um estouro e um impacto me leva pra frente, fazendo com que eu bata a cabeça no vidro do carro.

Após a batida, desci do carro e a mulher do carro da frente já veio reclamando

- 'ahhh, é a pressa né...'
- não senhora! foi o carro de trás que bateu em mim, eu tava parada

Naquela muvuca toda, com aquela gente toda se amontoando, notei que embaixo da caminhonete que estava na frente tinha um filhotinho de gato se mexendo! Não entendi de onde ele saiu... Pois é. Um gato. A culpa do gato.
Coitado, não vou falar assim ele, já que foi o mais prejudicado nessa história toda.

Depois de horas de hipóteses e mais hipóteses, descobrimos o verdadeiro roteiro do que aconteceu: um carro atropelou o filhote, então o bichano começou a rolar ali na av. dos Estados e o carro que ia passar começou a andar bem devagar, pra não passar por cima do felino. Minha irmã estava atrás, na mesma velocidade, até mesmo porque recém saímos de um semáforo fechado. PÁAA. O carro que vinha atrás bateu com tudo... só ouvi os vidros quebrando, o capô amassando... e o povo olhando.

Ainda bem que não foi nada tão sério, mas o susto foi grande. É incrível como em uma fração se segundos passam diversas coisas por sua cabeça e alteram todo o rumo do seu dia... O carro ficou horrível, sorte que eu não... continuo lindo. Nada grave. Aliás, nada além de algumas multas, mas isso é assunto para a policia só...

Eu precisava desabafar isso... em memória ao gatinho... Quando tiraram os carros do meio da avenida, fui lá tirar o gato... quando peguei ele, que não se mexia mais, senti uma coisa quente nos meus dedos... era a barriga dele que estava aberta. Então o peguei pelas patas e levei até a calçada... quase morri quando vi aquele olho saltado! Gente, tava saltado mesmo! Não é uma hipérbole! Parecia uma bolinha de gude toda pra fora! O pior de tudo foi O gato! Não me chocaria com nada se não tivesse um bichinho tão lindo envolvido nisso tudo... Juro, por Deus, um dia eu filmo essa cena. Por que esse viado tinha que atravessar a rua justo nessa hora? Mas que merda!


Aqui jaz