sábado, 6 de setembro de 2008

Divina maravilhosa


Sete de setembro é mais do que nome de rua ou comemoração pela independência do Brasil para mim. Em 2006, esse dia foi péssimo. Já em 2007 foi excelente.
Foi no dia 7 de setembro do ano passado que realizei um grande sonho. Fui em um perfeito show da Gal.


Nunca fiquei deslumbrado por ver um famoso, não entendo como tem gente que se derrete pra ver um ator que só viu atuando uma vez na vida só porque é famoso. Isso é besteira e idiotice ao mesmo tempo. A situação muda por completo quando você encontra alguém que realmente você gosta, que merece que aquele momento seja registrado. Costumo fazer isso com pessoas que realmente gosto e que me influenciaram, mas sempre de maneira discreta, sem aglomero e sem crises de Darlene – mas tive uma exceção, que foi movida pela emoção. Momentos com pessoas assim devem ser registrados e guardados, afinal, faz parte de sua vida e não passará despercebido.


No meio disso tudo, teve uma pessoa que realmente fiquei muito nervoso em ver e dei uma de fã desesperado. Essa pessoa foi a Gal. Vou contar como foi essa aventura, porque sim, foi uma aventura!


Os ingressos para o show esgotaram na mesma manhã que começaram a ser vendidos, ou seja, eu fiquei sem. Fui persistente e chegando ao Teatro tentei comprar de cambistas, mas o único que estava vendendo queria R$ 100 e eu não tinha esse valor na carteira. Fiquei vigiando pelo Theatro pra ver se a Gal aparecia, assim do nada mesmo, bem louco. Aí vi na ponta do Teatro algumas pessoas entrando em uma porta e corri para ver quem era, entre elas tinha uma pessoa com um vestido preto e andar de diva. Assim que cheguei, tinha corrido bem devagar, perguntei quem era a pessoa que entrou - e para arrependimento de não ter corrido um pouco mais - a moça me respondeu:

- Era a Gal Costa, a estrela da noite.

Já estava perdendo a esperança. Então, desabafando com os motoristas que trouxe ela, consegui que eles me colocassem para dentro do Teatro. É tão morro isso, né? Cheguei lá e ainda não havia começado. Foi um show incrível. Talvez, pela dificuldade que tive em entrar, valorizei muito mais aquele momento. A voz da Gal é a prova que sereias realmente existem.

Após o show, conheci duas pessoas. Uma senhora negra bem naquele estilo carioca E barraqueira e uma moça alta, que era uma mistura de Zélia com Simone - nem digo o porquê né?
Mas voltando ao assunto, a barraqueira ficou falando que ia agarrar a Gal e ponto. Para segurança da baiana, reforçaram os homens de preto. Quando ela passou, muito educada, agradeceu os fãs e logo entrou no carro. Sem mais palavras. Com o meu nervosismo na hora, só consegui registrar duas fotos: a da árvore que estava ao lado dela e uma dela entrando no carro, com a porta na frente.

Os motoristas haviam me falado o Hotel que Gal estava hospedada, então como no filme missão impossível eu e as duas novas amigas saímos de carro atrás do Hotel. Parecia que a mulher estava louca pelo jeito que dirigia, até na contra mão, da principal avenida de Itajaí-Balneário ela andou.
Nosso plano era chegar antes de Gal no Hotel e esperar até que ela viesse. Chegando lá, primeiro notamos que o carro que ela estava dentro não estava ali, um ponto positivo, porque acreditávamos que ela ainda fosse chegar. Então olhei para recepção do Hotel, e lá em cima estava ela toda de preto, Gal!

As duas falaram: "poxa, agora não dá mais"

Na hora eu sai do carro e corri para o Hotel. Subi as escadas, passando pelo segurança, que veio gritando atrás "ei, ei, volta!". Cheguei na recepção e ela estava entrando no elevador, então gritei: GAL. Fiquei mudo. Comecei a tremer. Pelo nervosismo do que eu fiz e por estar frente a frente com uma das maiores cantoras do planeta. Ela foi super educada, estava com o bebê que adotara pouco tempo antes, que chamava "mamãe" o tempo todo, e mesmo assim me deu muita atenção.
A primeira foto que eu tirei, sai horrível, uma mistura de vampiro com Jamanta, com um sorriso e lágrimas. A outra, fiquei menos horrível. E está aqui:


Ela deve ter pensado que eu fosse passar mal, eu tremia muito - super normal.
Antes do encontro, eu ficava pensando "será que vai ficar um clima chato, eu invadindo assim?". Até pensei em assuntos pra jogar ali na hora... pensei em falar que meu nome era Gabriela por causa da música, sei lá, algo assim, huahauha
Mas não precisei disso. O momento e as pessoas ajudaram a tornar um clima super agradável e inesquecível.

Realizado, sai do Hotel e minhas novas amigas me deixaram na esquina da minha rua e fui pra casa, de madrugada, cantando pela avenida.


Eu nasci assim... eu cresci assim
e sou mesmo sim
Vou ser sempre assim....













Gal e Elis