quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Amélia que era mulher de verdade

Ontem, quando voltava do trabalho, estava dirigindo ao lado de uma moto amarela. O trânsito caótico das 18 horas parou. Eu parei a moto, mas a motoqueira da moto ao lado não, bateu com tudo no carro da frente e voou. Tive que até dar uma acelerada pra ela não cair em cima de mim.

Parei a moto e nisso já chegaram policiais e bombeiros para socorrer a vítima. Sorte que os carros que vinham atrás logo pararam e evitaram que o desastre ficasse ainda pior. Continuei dirigindo, com medo, e pensando: que loucura esse trânsito! Que perigoso!

Mas o que realmente quero falar é sobre a tragédia que aconteceu na esquina da minha rua.


A noite fui na loja de uma amiga e a mãe dela chegou falando de outro acidente que teve na Av. dos Estados. Primeiro pensei que fosse esse, mas não. Dessa vez uma professora, na esquina da Rua Itália com a Avenida foi atravessar a rua e se deu mal. Ela foi atropelada por uma moto e acabou não resistindo aos ferimentos.

Ninguém soube apontar ao certo como aconteceu a tragédia. A professora Amélia Conceição Cunha, 47 anos, atravessava a rua quando foi atingida pela moto Biz, placa MBU 7037 (Itajaí). A moto era dirigida por S.S., 59, que disse que ainda tentou desviar da pedestre, mas já era tarde demais: acabou acertando a coitada com tudo.

Amélia foi minha professora no ano passado. Uma mulher bem comunicativa, super carismática e querida pelos alunos. Organizava rifas, bingos e trabalhos em prol da comunidade, lembro muito do ano passado, o quanto ela foi atenciosa com as vítimas da enchente. Até ganhei um aparelho DVD em uma das rifas que ela organizou, para beneficio da formatura dos terceirões.

Com o impacto, a professora teve o pulmão perfurado e ainda sofreu traumatismo craniano. A professora recebeu os primeiros atendimentos no local do acidente pelos socorristas dos bombeiros e em seguida foi levada pro hospital Santa Inês. Ela foi internada em estado grave, mas não conseguiu resistir e acabou morrendo por volta das 23h30. O corpo foi levado pra perícia do Instituto Médico Legal (IML) aqui de Balneário e depois liberado aos familiares.




Natural de Pouso Redondo, no Alto Vale do Itajaí, Amélia morava na rua Itália, pertinho do local onde aconteceu o acidente. A polícia agora tenta identificar de quem é a responsabilidade no acidente.