quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Sobre a morte

Certo dia me perguntaram “Rodrigo, tens medo da morte?”




Eu pensei, fiquei pensando, enquanto isso minha irmã respondeu “Eu não penso nisso...”.

Seria mentira da minha parte se eu respondesse a mesma coisa. Esses pensamentos voltam e meiam me passam pela cabeça... Não que eu pense sempre nisso, aliás, na verdade mesmo eu penso muito. Me preocupo mais em como vou viver do que de que maneira vou morrer.

No fundo eu não tenho medo da morte, conclui que o quê eu temo é a maneira que ela pode vir. Deus me livre de morrer em acidente, entro em pânico só de pensar! Já brinquei diversas vezes que eu queria morrer dormindo, igual ao meu avô. E não como os quarenta passageiros do ônibus que ele dirigia!

Uma coisa interessante sobre a morte é o quão bem falam de você em seu velório. Eu mesmo, antes de morrer queria assistir um pouco do meu... mas isso é impossível. Se tivesse como morrer depois do meu velório... Poxa vida, na morte dizem coisas tão belas sobre as pessoas! Queria tanto ouvir. Até Saddan Hussein virou anjo!

Os estudos mostram que o maior medo das pessoas é falar em público. O número dois é a morte. A morte é número dois? Isso não parece lógico. Quer dizer, se um cara vai a um enterro, ele prefere estar dentro do caixão do que fazer a oração fúnebre?

Mais interessante que isso é você mesmo escolher a frase que ficará em seu leito por toda eternidade. Queria que na minha lápide fosse gravado: “Alguém que ousou ser”

Mas não, primeiro porque estou longe de ser uma pessoa que realmente ousa ser eu por completo . E segundo, que essa frase não é original, já copiei de outro defunto. Idéia morta, literalmente. De qualquer forma, não muda o fato, acho muito bonita essa frase, principalmente para sepultura.





Então está decidido, quando eu morrer, quero escrito com letras douradas e um papel no verso na minha sepultura:

ENFIM, MAGRO.
Agora vamos trocar de assunto, né? Chega de falar em morte, vou sair da internet para ir viver um pouco!